Imagens da 11ª edição da travessia oceânica realizada nos dias 22, 23 e 24 de outubro.
Foram três dias muito intensos!!
No primeiro dia fizemos uma ambientação com a tripulação, navegando pelas praias do norte da ilha. Saímos às 10h da manhã de Santo Antônio de Lisboa e a previsão indicava uma possível volta da ilha.
A volta da ilha é o sonho de todas as edições, mas nem sempre as condições colaboram.
A volta completa é realizada em dois dias e teríamos um dia sobrando para a ambientação do corpo aos movimentos do mar.
Quando vamos direto para o mar aberto (sem ambientação) o organismo não consegue ter tempo para se adequar às mudanças que influenciam no equilíbrio (percebidas pelo labirinto e pelos olhos).
A primeira ancoragem ocorreu na sexta, quando almoçamos na Praia do Tinguá. A praia estava praticamente vazia, com apenas um veleiro (Endurance) em umas quatro lanchas.
Após o almoço subimos as velas e rumamos para a Ponta das Canas. O mar já havia subido em função do vento norte/nordeste que havia aumentado bastante.
As ondas estavam com 1,5m e o vento acima dos 18kt. Tudo perfeito para o propósito da ambientação.
Foi um bordo longo com as velas a boreste até o final da Cachoeira do Bom Jesus e com uma cambada em frente as escunas retornamos para a tranquilidade do Tinguá onde pernoitaríamos.
Em frente à Ilha do Francês avistamos duas baleias (mãe e filhote). Não conseguimos identificar a espécie, pois foi um avistamento rápido e com o mar muito agitado. O filhote deu um salto lindo e tirou todo o corpo da água. As imagens ficaram apenas na memória, já que não conseguimos fazer imagens.
No sábado iniciamos a volta da ilha com condições mais do que perfeitas. Mar de 1,5m e vento a favor variando entre 15 e 20kt.
Iniciamos a travessia sabendo da entrada do vento sul no domingo. Teríamos vento forte a favor para ir e para voltar… Melhor do que isto é impossível!
Fizemos a perna Tinguá – Campeche em apenas cinco horas. Como não poderia ser diferente o almoço foi na paradisíaca Ilha do Campeche.
A praia estava lotada com movimento de verão. Após o almoço voamos para a Ilha do Papagaio (Praia do Sonho) onde o pernoite estava previsto.
Havia a previsão de uma frente de sul para às 5h da manhã e teríamos que sair da ilha e rumar para o lado oposto. A ancoragem da ilha do Papagaio é ótima (de W a SE), mas desabriga de S e SW.
Acordamos às 4h e nos preparamos para sair dali. O abrigo de sul fica dentro da baia sul da Ilha de Santa Catarina e o trecho é feito em aproximadamente meia hora.
O vento sul chegou calmo, porém a previsão era de aumento rápido. Toda a previsão bateu em 100% e assim ficou fácil de cumprir a programação incial.
O cantinho da Praia do Sonho é lindo. De um lado o Farol dos Naufragados, do outro o cantinho dos pinheiros e logo ao lado a fortificação da Ilha de Araçatuba. Confesso que não dá vontade de sair dali. Com um SUP e com um bote inflável dá pra passar mais de uma semana por ali só fazendo expedições. Dá até pra entrar no Rio Maciambu e ir até o pé das montanhas, passando por baixo da ponte da BR 101.
Tomamos o café da manhã por ali mesmo, descansamos um pouco e às 8h suspendemos o ferro rumo à beira mar norte, onde faríamos o churrasco de final de travessia.
Nunca esquecendo que na volta tem aquele rito de passagem pelas três pontes da Ilha (tem foto mais abaixo)…
Parabéns amigos tripulantes pela coragem e determinação!
Até a próxima!
A 12ª edição será realizada nos dias 26, 27 e 28 de novembro.