Edgar Querubini e Ada Pellegrinelli
Edgar Cherubini, gaúcho e empresário (quinta edição):
“Sonho feito de brisa, vento vem terminar… Já não sonho, hoje faço com meu braço e meu viver”. Milton Nascimento e sua música de nome travessia.
O sopro do vento desejado, os braços e os cabos em sintonia para um melhor navegar… é isto que a Escola Oceano e esta travessia ensinam também.
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Ada Pellegrinelli, paulista e médica neurologista (quinta edição):
“Os ventos e as ondas estão sempre ao lado dos navegantes mais habilidosos”, como pensava Edward Gibson, um historiador inglês.
O esforço do conhecimento e o dom/paixão pelo mar são imprescindíveis para uma boa navegação. Além disto, a habilidade do marujo determina experiência, sempre respeitando a natureza e os limites que ela nos impõe.
A paixão eu já tinha. Agora, conhecimento… Bem pouco, quase nada.
Na humildade da busca por ele encontrei a Escola de Vela Oceano, na qual o grande Marcelo Lopes e o Flávio Jardim foram fundamentais para uma das melhores escolhas da minha vida: me “jogar” no mar e aprender a velejar. De quebra conhecer Florianópolis em grande estilo.
Mais que tudo, a travessia oceânica significou pra mim uma reconexão com as lembranças familiares (meu pai, barcos e o mar).
Então lá fui eu criar mais memórias afetivas e aprender (a navegar melhor minha própria vida). Fui e fui sozinha, de mochila… A primeira mulher da história desta travessia – Como assim, cadê a mulherada?! Duvidaram que eu fosse. Disseram: nossa, mas você tem coragem? UAI, mineira que ama o mar, claro que eu vou.
Como disse antes foi uma das coisas mais marcantes da minha vida. Fomos agraciados com dias perfeitos, mar bom, vento norte e sul, aprendizado mil, borboletas no mar e golfinhos ao redor do barco, claro que graças a energia fofinha que a minha pessoa feminina trouxe a bordo.
Agradeço aos incríveis Marcelo e Flávio e aos queridos Juliano e Edgar pela experiência que hoje trago comigo.
Emocionante poder dar continuidade à cultura náutica que me foi apresentada pelo meu pai.